Você ficou sabendo que a primeira publicação da história do Twitter foi vendida por U$2,9 milhões? Pois é. É isso mesmo que você está lendo. Pode parecer loucura, mas a verdade é que Jack Dorsey, atual CEO da rede social do passarinho azul e autor do tweet publicado em 21 de março de 2006, se utilizou dos tokens não-fungíveis, os chamados de NFTs, para realizar a operação e arrecadar essa fortuna milionária.
E isso tudo só feito possível graças à tecnologia que está por trás dos NFTs. Em linhas gerais, ela se baseia no mesmo sistema utilizado pelas criptomoedas: o blockchain. Trata-se de um sistema de banco de dados descentralizado e bastante confiável usado para realizar a transação de itens digitais, que podem variar desde obras de artes abstratas até vídeos e GIFs publicados em redes sociais.
Esse modelo, que vem movimentando milhões de doláres nos últimos meses, é algo recente e tem de tudo para ressignificar a indústria artística no século XXI.
Outros cases de sucesso do NFT
O que é uma certeza indiscutível é que muitas marcas estão remando forte para entrar na crista dessa onda que se forma no ecossistema digital. Um exemplo emblemático desse fenômeno é a NBA. A liga de basquete norte-americana criou a NBA Top Shop, um marketplace para vender os vídeos dos melhores momentos das partidas.
(calma que essa história não acabou por aí)
Em fevereiro deste ano, o americano Jesse Schwarz comprou o vídeo de uma enterrada de Lebron James, o principal astro do esporte no país, por nada menos que $208 mil.
E se engana quem pensa que King James foi o único grande atleta a ser pivô de um grande investimento em NFT. A figurinha digital de Cristiano Ronaldo, um dos futebolistas mais cobiçados do mundo, foi comprada por uma pequena bagatela de $289.920 no jogo virtual Sorare.
Menina no incêndio: meme é vendido por US$ 473 mil
Outro exemplo que retrata bem o fenômeno dos NFTs é o meme da menina em frente a um incêndio.
Feita em 2005 pelo pai (Dave Roth), a foto que mostra Zoe Roth — com então cinco anos — em frente a uma casa em chamas é uma das imagens mais compartilhadas nas redes sociais há anos.
Mas foi neste ano que Zoe resolveu aproveitar o boom do mercado dos tokens não-fungíveis para vender sua propriedade digital por US$ 473 mil (R$2,5 milhões) para um colecionador chamado 3FMusic, que fez o pagamento por meio de criptomoedas.
E aí, será que a onda dos NFTs será uma tsunami que vai tornar os negócios digitais mais rentáveis ou será apenas uma marola?